O termo estenose do canal vertebral significa a diminuição do espaço anatômico do canal espinhal (local por onde passa a medula e raízes nervosas) e está associado com uma infinidade de sintomas clínicos. Sua incidência é quatro vezes maior na região lombar do que na cervical. O sintoma característico é a Claudicação Neurogênica Intermitente, que é a dificuldade em caminhar curtas distâncias devido a dores nas pernas e costas, às vezes com formigamento e fraqueza nas pernas. O paciente necessita sentar-se ou descansar para poder voltar a caminhar. Na maioria das vezes relaciona-se à degeneração crônica, resultando em instabilidade e compressão das raízes nervosas.
É mais comum ocorrer após os 60 anos, mas alguns pacientes apresentam esta degeneração mais precocemente (por predisposição genética ou associado a artrose e outras doenças)
O diagnóstico se baseia nos sintomas clínicos e deve ser confirmado por exame de imagem (Ressonância Magnética da coluna)
O tratamento depende do grau de comprometimento neurológico e da limitação do paciente.
Pode ser iniciado com tratamento conservador, com medicações especificas para dor neuropática, fisioterapia e bloqueios analgésicos. Nos casos onde a alteração anatômica é muito intensa ou quando os sintomas não melhoram com o tratamento conservado, a correção cirúrgica torna-se necessária.
O objetivo da cirurgia é melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo a dor e possíveis déficits neurológicos. Consiste basicamente na descompressão dos nervos afetados.
Existem diferentes técnicas de abordagem cirúrgica, mas as mais indicadas são atualmente as técnicas minimamente invasivas – cirurgia microscópica ou por vídeo endoscopia.